Artigo sobre Avaliação Psicológica


             
 UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA PSICOLOGIA/ 2 SEMESTRE 



LUANA SANTOS DE SOUSA
MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM PSICOLOGIA I 

ITABUNA-2017

Pesquisa solicitada à disciplina Medidas e Avaliação em Psicologia I, turma II semestre, turno noturno, como credito parcial do segundo bimestre. 
Orientador: Prof. Fernando Rodrigues  


MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM PSICOLOGIA I
  
RESUMO: Esta pesquisa apresenta uma exposição de questões importantes da área de avaliação psicológica. Teve como objetivo demostrar um pouco sobre o processo histórico da avaliação psicológica no Brasil, fazendo um apanhado de alguns nomes importantes na construção dos instrumentos psicológicos, demostrando seus critérios de construção. Posteriormente são apontadas as diferenças dos testes psicométricos, subjetivos e as escalas.
 Palavra-chave: testes psicológicos; processo histórico; critérios de construção; instrumentos psicológico; diferença entre testes.

PROCESSO HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL
Ao se tratar do termo amplo, avaliação psicológica, deve-se, em primeiro lugar, distinguilo dos instrumentos de avaliação. A avaliação psicológica é uma atividade mais complexa e constitui-se na busca sistemática de conhecimento a respeito do funcionamento psicológico das pessoas, de tal forma a poder orientar ações e decisões futuras. Esse conhecimento é sempre gerado em situações que envolvem questões e problemas específicos. Já os instrumentos de avaliação constituem-se em procedimentos sistemáticos de coleta de informações úteis e confiáveis que possam servir de base ao processo mais amplo e complexo da avaliação psicológica. Portanto, os instrumentos estão contidos no processo mais amplo da avaliação psicológica (Primi, Nascimento & Souza, 2004).
Nas últimas décadas, a Psicologia vem, no Brasil, apresentando um avanço significativo e conquistando um melhor espaço científico em decorrência de um apreciável número de estudos desenvolvidos nas suas diferentes áreas. Em relação à Avaliação Psicológica, percebe-se um grande progresso, apesar das flutuações na produção de pesquisas que visam resgatar diferentes técnicas e instrumentos importantes para o processo de avaliação e controle da intervenção psicológica. A respeito da expressiva complexidade que envolve a mensuração de traços e de outros comportamentos, muitos instrumentos têm sido elaborados e normatizados, possibilitando realizar essa tarefa, efetivamente, em diferentes contextos de aplicação (Reis, 2003).
A situação em que hoje se encontra a área da avaliação psicológica no Brasil é cercada por discussões em torno do uso de testes psicológicos, recentemente encabeçadas pelo Conselho Federal de Psicologia (2004). O foco centraliza-se na discussão em torno de instrumentos válidos, confiáveis e atualizados. A preocupação centraliza-se principalmente na questão da validade e na elaboração de instrumentos nacionais, a fim de reverter o quadro que perdurou por alguns anos, do uso de instrumento psicológico sem pesquisas científicas que comprovassem suas qualidades psicométricas para a cultura brasileira. Entretanto, pode-se observar que atualmente a área da avaliação psicológica passa por uma reconsideração do valor dos instrumentos aplicáveis e uma retomada de pesquisas sobre validade e precisão, marcada pela criação de grupos de pesquisas em vários cursos de pós-graduação, o que veio ampliar substantivamente a produção científica na área.
Tal fato pôde ser verificado a partir dos estudos realizados por Noronha & Alchieri (2002) que procuraram analisar as áreas de interesses relacionadas com os testes psicológicos em nosso país. Segundo esses autores, os primeiros instrumentos dessa natureza surgiram nas décadas de 1910 a 1930 e voltavam sua atenção para o exame da inteligência, especialmente da criança, assim como para a seleção e avaliação de aptidões para o trabalho. De 1941 a 1951, os interesses anteriores continuaram sendo complementados pelo da Psicologia do Desenvolvimento e pela preocupação em relação aos cuidados quanto ao uso e à aplicação dos testes psicológicos. Posteriormente a 1951, o centro do interesse voltou-se para a avaliação da personalidade, orientação profissional, desenvolvimento infantil como também na adaptação de instrumentos à cultura brasileira. Nas décadas seguintes, o foco passou também para as estratégias de intervenção grupal, desenvolvimento e construção de testes e técnicas, sem, no entanto, haver equivalência com o número de pesquisas realizadas no período anterior (1941 – 1951). Eram os anos de ouro da Psicometria e da Avaliação Psicológica no Brasil (Noronha & Alchieri, 2002, p.10).
   A história dos testes psicológicos no Brasil se confunde na pratica com a própria história da psicologia. A mesma está recente em nosso país e seu início é atribuída à fundação do laboratório de Wundt. 
A finalidade de um teste consiste em medir as diferenças existentes, quanto à determinada característica, entre diversos sujeitos, ou então o comportamento do mesmo indivíduo em diferentes ocasiões.      
O surgimento e desenvolvimento dos testes psicológicos tiveram sua repercussão no século XIX, sendo Francis, Galton, James, Cattel e Alfred Binet seus principais fundadores. Apesar das contribuições europeias ter em sido de grande importância em um momento inicial, os testes ganharam maior repercussão de forma bastante acentuada nos EUA. Posteriormente, o uso desse instrumental proliferou, e, atualmente, os testes são utilizados nos mais diversos países onde a Psicologia se faz presente. As duas grandes guerras mundiais colaboraram nesse sentido, uma vez que, nessas ocasiões, foram elaborados testes direcionados para atender as necessidades da guerra, como escalas que pudessem rapidamente classificar milhares de recrutas em termos de suas aptidões e capacidades    intelectuais.
A história da testagem psicológica no Brasil surge exatamente desta versão do movimento europeu e norte-americano e confunde-se com a história da própria Psicologia enquanto ciência e profissão. 
De acordo com Pasquali e Alchieri(2001), é possível apreender a história da avaliação psicológica brasileira em cinco grandes períodos, decorrentes do desenvolvimento do campo de conhecimento científico e cultural. Tais períodos são: produção médico- científica acadêmica; estabelecimento e difusão da psicologia no ensino nas universidades; criação dos cursos de graduação em Psicologia; implantação dos cursos de pós-graduação e a emergência dos laboratórios de pesquisa. Todos esses períodos têm um grande valor tanto para o desenvolvimento do uso dos testes como também coincidem com o desenvolvimento da própria Psicologia. Embora a psicologia tenha sido fundada oficialmente em 1879 por Wundt, na Alemanha, já havia pesquisadores e profissionais interessados na compreensão de processos psicológicos no Brasil, e ao longo do século XIX, a disciplina de psicologia era facilmente encontrada nos cursos de Medicina. No entanto, no início da década de 1900, foram fundados alguns laboratórios de psicologia, com o intuito de adaptar alguns testes internacionais, como o Binet-Simon, para a realidade brasileira, sendo que o interesse principal dos pesquisados era o conhecimento dos processos psicológicos básicos, principalmente a percepção, e mais tarde o foco passou para as funções cognitivas superiores.
De acordo com Ambiel e Pacanaro (2011), o ano de 1962 foi marcado pela oficialização da psicologia como profissão no Brasil, o que se deu por uma lei de aprovação nº 4.119 de 27 de Agosto. Lei esta que foi fruto de uma série de avanços ocorridos ao longo de vários anos, onde a psicologia passou de disciplina aplicada para ganhar seu campo próprio. Também, a partir dessa Lei, houve a criação do Conselho Federal de Psicologia e de suas regionais, onde os cursos de formação de psicólogos foram oficializados, tendo seu currículo mínimo exigido para o curso e os conteúdos básicos a serem oferecidos na graduação.
Um fato que se destaca em relação aos testes psicológicos no Brasil, é a publicação da resolução02/2003, que instituiu critérios mínimos de qualidade para se considerar um teste psicológico apto para o uso profissional, onde deve conter a fundamentação teórica do teste, evidências empíricas, a validade e a precisão do teste, os sistemas de correção, interpretação dos resultados e a compilação das informações em um livro chamado Manual Técnico, que compõe o material do teste. 

NOMES IMPORTANTES NA CONSTRUÇÃO DOS INSTRUMENTOS PSICOLÓGICOS
Alfred Binet (1857-1911) foi o fundador do primeiro laboratório de psicologia na França em 1889. Ficou conhecido internacionalmente como o inventor do primeiro teste de inteligência (1905), a Escala Binet-Simon. O teste, desenvolvido para a avaliação da inteligência de crianças, representou uma mudança no paradigma da testagem psicológica. Divergindo dos testes psicológicos de sua época, que mediam apenas as funções elementares (psicofísicas), Binet desenvolveu um novo método para avaliar as capacidades superiores (como a inteligência). Seus trabalhos obtiveram grande repercussão e influenciaram várias gerações de psicólogos.
Com base em Pasquali (2001), a história dos testes psicológicos, se destacam em sucessivas décadas, de tal maneira que é possível associar muitos autores a alguns períodos bem específicos. 
 A Década de Galton: 1880. Para Francis Galton (biólogo inglês) à avaliação das aptidões humanas se dava por meio da medida sensorial, através da capacidade de discriminação do tato e dos sons. Galton (apud ANASTASI, 1977) entendia que, 
A única informação que nos atinge, vinda dos acontecimentos externos, passa, aparentemente pelo caminho de nossos sentidos. Quanto maior o discernimento que os sentidos tenham de diferentes, maior o campo em que podem agir no nosso julgamento de inteligência (p.8). 
A contribuição de Galton para psicometria ocorreu em três áreas: Criação de testes antropométricos para medida de discriminação sensorial (barras para medir a percepção de comprimento); Apito para percepção de altura do tom; Criação de escalas de atitudes (escala de pontos, questionários e associação livre2);  Desenvolvimento e simplificação de métodos estatísticos (método da análise quantitativa dos dados coletados). 
A Década de Cattell: 1890. Influenciado por Galton, James M. Cattell (psicólogo americano) desenvolveu medidas das diferenças individuais, o que resultou na criação da terminologia Mental Test (teste mental). Elaborou em Leipzig sua tese sobre diferenças no Tempo de Reação. Este consiste em registrar os minutos decorridos entre a apresentação de um estímulo ou ordem para começar a tarefa, e a primeira resposta emitida pelo examinando. Cattell seguiu as idéias de Galton, dando ênfase às medidas sensoriais, porque elas permitiam uma maior precisão. 
 A Década de Binet: 1900. Seus interesses se voltavam para avaliação das aptidões mais nas áreas acadêmica e da saúde. Alfred Binet e Henri fizeram uma série de crítica aos testes até então utilizadas, afirmando que eram medidas exclusivamente sensoriais que, embora permitisse maior precisão, não tinham relação importante com as funções intelectuais. Seu conteúdo intelectual fazia somente referências às habilidades muito específicas de memorizar, calcular, quando deveriam se ater às funções mais amplas como memória, imaginação, compreensão, etc. Em 1905, Binet e Simon desenvolveram o primeiro teste com 30 itens (dispostos em ordem crescente de dificuldade) com o objetivo de avaliar as mais variadas funções como julgamento, compreensão e raciocínio, para detectar o nível de inteligência ou retardo mental de adultos e crianças das escolas de Paris. Estes testes de conteúdo cognitivo atendiam a funções mais amplas, e foram bem aceitos, principalmente nos EUA, a partir da sua tradução por Terman (1916), nascendo, assim, a era dos testes com base no Q.I. (idealizado por W. Stern). 
Q.I. = 100 (IM/IC)3 
O período de 1910-1930, é considerado a era dos testes de inteligência sob as influências: Do segundo teste de Binet e Simon (1909); Do artigo de Spearman sobre o fator G (1909); Da revisão do teste de Binet para os EUA (Terman, 1916);  e do impacto da primeira guerra mundial com a necessidade de seleção rápida e eficiente, de contingente para as forças armadas. 
Na Bahia, em 1924, Isaias Alvez fez a adaptação da escala Binet-Simon, considerada como um dos primeiros estudos de adaptação de instrumentos psicométricos no Brasil (NORONHA & ALCHIERI, 2005). 
 A Década da Análise Fatorial: 1930. Por volta de 1920, diminuiu o entusiasmo pelos testes de inteligência, sobretudo por se demonstrar dependentes da cultura onde foram criados, o que contrariava a idéia de fator geral universal de Spearman. Kelley quebrou a tradição de Spearman em 1928, e foi seguido, na Inglaterra, por Thomson (1939) e Burt (1941), e nos EUA, por Thurstone. Este autor é relevante para época, em vista de que, além de desenvolver a análise fatorial múltipla, atuou no desenvolvimento da escalagem psicológica (Thurstone e Chave, 1929) fundando, em 1936, a Sociedade Psicométrica Americana e a revista Psychometrika. 
 A Era da Sistematização: 1940-1980. Esta época é marcada por duas tendências opostas: Os trabalhos de síntese e os de crítica. Em 1954, Guilford reedita Psychometric Methods e tenta sistematizar a teoria clássica, e Torgerson (1958) a teoria sobre a medida escolar. Além disso, Cattell e Warburton (1967) procuraram sintetizar os dados de medida em personalidade, e Guilford (1967) a teoria sobre a inteligência. Entre os trabalhos da crítica, destaca-se Stevens (1946), que levantou o problema das escalas de medidas.  Divulgou-se também a primeira crítica à teoria clássica dos testes na obra de Lord e Novick (1968, Statistical Theory of Mental Tests Scores), que iniciou o desenvolvimento de uma teoria alternativa, a do traço latente, que se junta à teoria moderna de Psicometria, e a Teoria de Resposta ao Item - TRI. Outra tendência crítica para superar as dificuldades da Psicometria clássica foi iniciada pela Psicologia Cognitiva de Sternberg e Detterman (1979), Sternberg e Weil (1980), com seu modelo, procedimentos e pesquisas sobre os componentes cognitivos, na área da inteligência. 

CRITÉRIOS DE CONSTRUÇÃO DE UM INSTRUMENTO PSICOLÓGICO 
Teste psicológico é uma tarefa única ou um conjunto de tarefas concebidas para fornecer informações sobre algum aspecto da capacidade, do conhecimento, das habilidades ou da personalidade humana.
Os elaboradores de teste escolhem com muito cuidado os itens que e integrarão os testes padronizados. 
Há diretrizes rigorosas para o desenvolvimento e criação de testes padronizados, os elaboradores de testes escolhem com muito cuidado os itens de integrarão os testes padronizados.
Seleção de itens de testes:
_ deve haver grande número de itens.
_ as tarefas devem solicitar o uso de habilidade que se encontram na faixa so examinando médio.
_ os problemas apresentados devem ser razoavelmente interessantes: caso contrário, pode faltar motivação aos examinandos para trabalhar em sua solução
_ os itens do teste como um todo não devem favorecer ou descriminar qualquer grupo para o qual o teste seja direcionado.
_ as perguntas devem ter uma ou mais respostas corretas para que as notações numéricas sejam justas.
A avaliação psicológica, conforme definido no documento Standards for educational and. psychogical testing, é um exame compreensivo realizado com proposito de responder questões especificas sobre o funcionamento psíquico de uma em um dado momentos ou predizer seu funcionamento no futuro (PAP AERA E NCME, 1999). Ela abrange um processo cujo propósito é a tomada de decisão em um contexto no qual, é necessário, conhecer um ou mais aspectos do funcionamento psicológico dos sujeitos. Para tal, são disponibilizadas técnicas dos mais diferentes escopos e das mais diferentes epistemologias, abrangendo a forma de ouvir, receber e manejar o cliente. Dentre estas técnicas, se destaca o uso de testes psicológicos.
Os testes psicológicos de modo escrito, são definidos como "um procedimento sistemático para a obtenção de amostra de comportamento relevantes para o funcionamento cognitivo ou afetivo" (Urbina, 2007), sendo ferramentas importantes para a prática cotidiana do psicológico em contextos diversos, como a clínica, a orientação profissional e a seleção de pessoal. De certo modo, pode-se dizer que o uso de testes é a instancia definidora da própria profissão, na medida em que configura o único serviço exclusivo do psicólogo. Não obstante, ainda é cada vez mais salutar conhecer e debater os aspectos éticos e técnicos ligado a construção e utilizados destes instrumentos. As propriedades dos testes são divididas em dois grandes grupamentos, validade e precisão. A validade está relacionada à capacidade do teste em medir aquilo que ele se preza a medir, e suas evidências são aferidas a parti de um conjunto de análise que envolvem técnicas psicométricas e analise de suas relações teóricas. O sistema de validade baseando em evidencia, sucessor da tríade clássica (validade de critério, validade de conteúdo e validade de construto), será apresentado e todos os seus conceitos debatidos e as estatísticas relacionadas apresentadas. A precisão está ligada ao erro de medida daquilo que é medido. Assim como na validade, os principais aspectos do conceito de precisão serão trabalhados e, também, as estatísticas mais utilizadas serão abordadas. As normas são relacionadas à interpretação dos escores alcançados pelo teste e suas relações com a teoria.

             DIFERENÇA ENTRE TESTES PSICOMÉTRICO, SUBJETIVO E ESCALA.
O teste psicométrico é aquele que avalia a personalidade de um indivíduo, assim como suas capacidades. No campo da psicologia é importante determinar objetivamente e com precisão os indivíduos que são estudados. Deve-se destacar que a psicologia é uma ciência que exige instrumentos de medição rigorosos e confiáveis. 
Como regra geral, estes testes são utilizados durante o processo de seleção pessoal. Através dele é possível conhecer o potencial de um candidato em relação a uma tarefa a ser executada. Deve-se ressaltar que um empregador busca futuros trabalhadores com determinada característica de personalidade.
 O teste psicométrico é uma ferramenta que ajuda os empregadores para saber mais sobre os candidatos a um emprego.
Este tipo de teste avalia a capacidade de um indivíduo para executar tarefas específicas.
Quem é avaliado deve responder as perguntas com total sinceridade, já que o avaliador é um especialista e pode detectar algumas contradições entre as respostas.
Para enfrentar este teste com certa garantia é conveniente realizar previamente alguns testes práticos. Desta forma, pode-se reduzir o nível de ansiedade para o teste final. Este teste é um dos mais empregados na área dos exames psicométricos. Nele, certas capacidades são medidas como a constância, a força de vontade e a capacidade de adaptarse a diferentes ambientes. Ao mesmo tempo, o teste Cleaver permite oferecer uma avaliação global sobre a personalidade de um candidato.
 O teste consiste em uma série de perguntas na qual o examinado deve dar uma resposta espontânea e honesta. Do ponto de0 vista do empregador, com este teste é possível prever as reações de um indivíduo no ambiente de trabalho. Os dados obtidos com este teste procuram avaliar o comportamento do candidato em situações correntes, seu nível de motivação e da capacidade de resposta em momentos de pressão.
 O teste Cleaver não fornece nenhuma informação sobre o QI (quociente intelectual) como são utilizados em outros testes psicométricos (por exemplo, o teste de Terman). Por outro lado, os aspectos emocionais dos candidatos nem sempre são detectados pelo teste Cleaver.
 TESTE SUBJETIVO E ESCALA
O método clássico de construção de testes (contrariamente ao método funcional) tem como objetivo de obter mensurações homogêneas e fidedignas em uma dimensão única. Por isto define o universo unidimensional de seus itens, depois efetua uma amostragem representativa dos mesmos, afinada para uma análise dos itens, para chegar a uma escala cujo escore é a adição simples das respostas que correspondem a um gabarito de correção. Este escore bruto é transposto depois à uma norma e como por qualquer medida, a escala é em seguida avaliada do ponto de vista da validade e da fidedignidade. O objetivo do método funcional é de determinar de forma estável e fidedigna a estratégia de resposta de um sujeito confrontado a um conjunto de estímulos multidimensionais. Por isto define o universo multidimensional (espaço de medição) dos itens, para escolher em seguida uma amostra representativa e determinar as características na base do parecer de peritos e de análises de correlações. A estratégia de resposta do indivíduo é um vetor cujos elementos são as correlações entre suas respostas e as características ortogonalizadas dos itens. A partir desta estratégia, que não é nada outro que um vetor de ponderação, é possível calcular (graças a uma simples equação de regressão linear múltipla) as respostas estimadas (que designamos com o termo de “predição”) que o sujeito teria dado se tivesse utilizado uma estratégia imutável durante o tempo que respondeu ao teste. Designamos com o termo de « atratividades » estas respostas preditas que possuem a grande vantagem de ser bem mais precisas que as respostas reais. Resumindo, o método funcional reconstrói as respostas do sujeito a partir de ponderações que constituem de facto sua estratégia de resposta como definimos acima. Graças a esta técnica original é possível calcular vários índices de controle da aplicação da prova, entre outros, o mais interessante, é a coerência que corresponde a uma correlação múltipla entre o conjunto das características dos itens e a resposta do sujeito. Mais a coerência é elevada mais é possível « modelizar » as respostas do sujeito o que significa que sua maneira de avaliar os itens corresponde implicitamente ao mesmo modelo psicométrico utilizado pelo construtor do teste. 
EXEMPLO: Para entender melhor o ganho do ponto de vista da utilização das informações que o método funcional oferece quando comparado com o método clássico de construção de provas subjetivas, imaginamos um exemplo muito simplificado: vamos construir da maneira mais clássica as seis escalas que medem as dimensões de Holland a partir de verbos de atividade profissionais. Imaginamos também que cada escala seja constituída de 3 itens.
 R(ealista) é composta de ; ajustar, cimentar, consertar ;
 I(nvestigativa) : de analisar, buscar, experimentar 
A(rtistica) : de cantar, dançar, divertir 
S(ocial) : de receber, ajudar, aconselhar 
E(mpreendedora) : de comprar, empreender, decidir, e 
C(onventionnel) : de contabilizar, datilografar, ligar.
 Na perspectiva clássica a informação incluída nessas 6 escalas pode ser resumida por uma matriz de 18 linhas (itens) e 6 colunas (escalas). O escore do sujeito é obtido multiplicando as colunas desta matriz pelo vetor de resposta do sujeito. Aplicada aos mesmos 18 itens, o método funcional exige primeiramente a descrição precisa de cada item a partir de suas características (ortogonais) como aparecem na tabela abaixo. Tratase também de uma matriz de 18 linhas (itens) e 6 colunas (características dos itens) que permitirá calcular, em uma segunda fase, cada escala. É fácil perceber que graças ao método funcional é possível utilizar de forma bem mais completas as informações veiculadas pelos itens. Ao lugar de cada item pertencer à uma única escala, cada item pode contribuir a todas as dimensões e participa assim de forma bem mais pertinente ao cálculo das escalas. O método funcional é ao mesmo tempo original e complexo pois utiliza conceitos estatísticos mais sofisticados e refinados que a simples operação de soma aritmética o que constitui uma aberração intelectual quando utilizada com escalas nominais ou ordinais como já repetimos inúmeras vezes. Por outro lado, é possível obter informações bem mais ricas sobre o sujeito, particularmente sobre sua maneira “concreta” de responder, ou seja, em termos de atenção, concentração, motivação ou ao contrário de indiferença e de vontade (ou não) de burlar o teste fornecendo respostas exageradamente desejáveis, como por exemplo em situação de seleção. 
Para terminar o método funcional permite calcular escores absolutos, não padronizados, que autorizam uma análise praticamente clínica intrapessoal como também escores padronizados como acontece em praticamente todos os testes subjetivos. A comparação desses resultados absolutos e relativos é uma fonte de reflexão inédita para o psicólogo que pode assim afinar suas avaliações.  

 CONCLUSÃO
Ao pesquisarmos sobre a Avaliação Psicológica, observamos que sua relação tem vínculo com o desenvolvimento cientifico da psicologia no Brasil e que a mesma vê sendo abordada de uma maneira mais cientifica. Por tanto podemos concluir que a avaliação psicológica é um processo gerador de informações capaz de auxiliar os profissionais da psicologia na tomada de decisão em diferentes contextos. Das ferramentas disponíveis ao processo de avaliação, destacam-se os testes psicológicos. Os testes são qualificados em função de suas propriedades psicométricas de validação e precisão. Os avanços na área, especialmente no Brasil, são inegáveis,  

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PADILHA, Sandra; NORONHA, Ana Paula Porto; FAGAN, Clarissa Zanchet.
Instrumentos de avaliação psicológica: uso e parecer de psicólogos. Aval. psicol.,  Porto Alegre ,  v. 6, n. 1, p. 69-76, jun.  2007 .
PRIMI, Ricardo. Avaliação psicológica no Brasil: fundamentos, situação atual e direções para o futuro. Psic.: Teor. e Pesq.,  Brasília ,  v. 26, n. spe, p. 25-35,    2010 .
PESSOTTO, Fernando. Guia de consulta sobre avaliação psicológica. Psico-USF
(Impr.),  Itatiba ,  v. 16, n. 2, p. 251-252,  Aug.  2011 .
Ambiel, R. A. M., Rabelo, I. S., Pacanaro, S. V., Alves, G. A. S. & Leme, I. F. A. S. (Orgs.). (2011). Avaliação Psicológica. Guia de consulta para estudantes e profissionais de psicologia. São Paulo: Casa do Psicólogo.
PASQUALI, Tecnicas de exame psicológico - TEP: manual (fundamentos das técnicas psicológicas, vol. 1, cap. 7.
SILVA, José Aparecido da. Fatos marcantes na história dos testes psicológicos. Paidéia (Ribeirão Preto),  Ribeirão Preto ,  v. 12, n. 23, p. 177-178,    2002 .
LINDA L. DAVIDOFF, introdução a psicologia, terceira edição, cap. 7. Pag. 286.


OBSERVAÇÕES PARA MEUS SEGUIDORES 

O artigo quando copiei e colei para o blogger desconfigurou todo, por isso está fora das normas da ABNT. Também coloquei destaque cor de rosa em alguns temas, para ficar mais explicadinho..
 Foi o meu primeiro artigo, não ficou tão booooom. Mas o Prof gostou. :)

                                                  Beijos da Lu Sousa




Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial