UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
PSICOLOGIA/ 2 SEMESTRE
MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM
PSICOLOGIA I
ITABUNA-2017
Pesquisa solicitada à disciplina Medidas e
Avaliação em Psicologia I, turma II semestre, turno noturno, como credito
parcial do segundo bimestre.
Orientador: Prof. Fernando Rodrigues
MEDIDAS
E AVALIAÇÃO EM PSICOLOGIA I
RESUMO: Esta pesquisa
apresenta uma exposição de questões importantes da área de avaliação
psicológica. Teve como objetivo demostrar um pouco sobre o processo histórico
da avaliação psicológica no Brasil, fazendo um apanhado de alguns nomes
importantes na construção dos instrumentos psicológicos, demostrando seus
critérios de construção. Posteriormente são apontadas as diferenças dos testes
psicométricos, subjetivos e as escalas.
Palavra-chave: testes psicológicos; processo histórico;
critérios de construção; instrumentos psicológico; diferença entre testes.
PROCESSO
HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL
Ao se tratar do termo amplo, avaliação psicológica, deve-se,
em primeiro lugar, distinguilo dos instrumentos de avaliação. A avaliação
psicológica é uma atividade mais complexa e constitui-se na busca sistemática
de conhecimento a respeito do funcionamento psicológico das pessoas, de tal
forma a poder orientar ações e decisões futuras. Esse conhecimento é sempre
gerado em situações que envolvem questões e problemas específicos. Já os
instrumentos de avaliação constituem-se em procedimentos sistemáticos de coleta
de informações úteis e confiáveis que possam servir de base ao processo mais
amplo e complexo da avaliação psicológica. Portanto, os instrumentos estão
contidos no processo mais amplo da avaliação psicológica (Primi, Nascimento
& Souza, 2004).
Nas últimas décadas, a Psicologia vem, no Brasil,
apresentando um avanço significativo e conquistando um melhor espaço científico
em decorrência de um apreciável número de estudos desenvolvidos nas suas
diferentes áreas. Em relação à Avaliação Psicológica, percebe-se um grande
progresso, apesar das flutuações na produção de pesquisas que visam resgatar
diferentes técnicas e instrumentos importantes para o processo de avaliação e
controle da intervenção psicológica. A respeito da expressiva complexidade que
envolve a mensuração de traços e de outros comportamentos, muitos instrumentos
têm sido elaborados e normatizados, possibilitando realizar essa tarefa,
efetivamente, em diferentes contextos de aplicação (Reis, 2003).
A situação
em que hoje se encontra a área da avaliação psicológica no Brasil é cercada por
discussões em torno do uso de testes psicológicos, recentemente encabeçadas
pelo Conselho Federal de Psicologia (2004). O foco centraliza-se na discussão
em torno de instrumentos válidos, confiáveis e atualizados. A preocupação
centraliza-se principalmente na questão da validade e na elaboração de
instrumentos nacionais, a fim de reverter o quadro que perdurou por alguns
anos, do uso de instrumento psicológico sem pesquisas científicas que
comprovassem suas qualidades psicométricas para a cultura brasileira.
Entretanto, pode-se observar que atualmente a área da avaliação psicológica
passa por uma reconsideração do valor dos instrumentos aplicáveis e uma
retomada de pesquisas sobre validade e precisão, marcada pela criação de grupos
de pesquisas em vários cursos de pós-graduação, o que veio ampliar
substantivamente a produção científica na área.
Tal fato pôde ser verificado a partir dos estudos realizados
por Noronha & Alchieri (2002) que procuraram analisar as áreas de
interesses relacionadas com os testes psicológicos em nosso país. Segundo esses
autores, os primeiros instrumentos dessa natureza surgiram nas décadas de 1910
a 1930 e voltavam sua atenção para o exame da inteligência, especialmente da
criança, assim como para a seleção e avaliação de aptidões para o trabalho. De
1941 a 1951, os interesses anteriores continuaram sendo complementados pelo da
Psicologia do Desenvolvimento e pela preocupação em relação aos cuidados quanto
ao uso e à aplicação dos testes psicológicos. Posteriormente a 1951, o centro
do interesse voltou-se para a avaliação da personalidade, orientação
profissional, desenvolvimento infantil como também na adaptação de instrumentos
à cultura brasileira. Nas décadas seguintes, o foco passou também para as
estratégias de intervenção grupal, desenvolvimento e construção de testes e
técnicas, sem, no entanto, haver equivalência com o número de pesquisas
realizadas no período anterior (1941 – 1951). Eram os anos de ouro da
Psicometria e da Avaliação Psicológica no Brasil (Noronha & Alchieri, 2002,
p.10).
A história dos testes psicológicos no Brasil
se confunde na pratica com a própria história da psicologia. A mesma está
recente em nosso país e seu início é atribuída à fundação do laboratório de
Wundt.
A finalidade de um teste
consiste em medir as diferenças existentes, quanto à determinada
característica, entre diversos sujeitos, ou então o comportamento do mesmo
indivíduo em diferentes ocasiões.
O surgimento e desenvolvimento
dos testes psicológicos tiveram sua repercussão no século XIX, sendo Francis,
Galton, James, Cattel e Alfred Binet seus principais fundadores. Apesar das
contribuições europeias ter em sido de grande importância em um momento
inicial, os testes ganharam maior repercussão de forma bastante acentuada nos
EUA. Posteriormente, o uso desse instrumental proliferou, e, atualmente, os
testes são utilizados nos mais diversos países onde a Psicologia se faz
presente. As duas grandes guerras mundiais colaboraram nesse sentido, uma vez
que, nessas ocasiões, foram elaborados testes direcionados para atender as
necessidades da guerra, como escalas que pudessem rapidamente classificar
milhares de recrutas em termos de suas aptidões e capacidades intelectuais.
A história da testagem
psicológica no Brasil surge exatamente desta versão do movimento europeu e
norte-americano e confunde-se com a história da própria Psicologia enquanto
ciência e profissão.
De acordo com Pasquali e
Alchieri(2001), é possível apreender a história da avaliação psicológica
brasileira em cinco grandes períodos, decorrentes do desenvolvimento do campo
de conhecimento científico e cultural. Tais períodos são: produção médico- científica
acadêmica; estabelecimento e difusão da psicologia no ensino nas universidades;
criação dos cursos de graduação em Psicologia; implantação dos cursos de
pós-graduação e a emergência dos laboratórios de pesquisa. Todos esses períodos
têm um grande valor tanto para o desenvolvimento do uso dos testes como também
coincidem com o desenvolvimento da própria Psicologia. Embora a psicologia
tenha sido fundada oficialmente em 1879 por Wundt, na Alemanha, já havia
pesquisadores e profissionais interessados na compreensão de processos
psicológicos no Brasil, e ao longo do século XIX, a disciplina de psicologia
era facilmente encontrada nos cursos de Medicina. No entanto, no início da
década de 1900, foram fundados alguns laboratórios de psicologia, com o intuito
de adaptar alguns testes internacionais, como o Binet-Simon, para a realidade
brasileira, sendo que o interesse principal dos pesquisados era o conhecimento
dos processos psicológicos básicos, principalmente a percepção, e mais tarde o
foco passou para as funções cognitivas superiores.
De acordo com Ambiel e Pacanaro
(2011), o ano de 1962 foi marcado pela oficialização da psicologia como
profissão no Brasil, o que se deu por uma lei de aprovação nº 4.119 de 27 de
Agosto. Lei esta que foi fruto de uma série de avanços ocorridos ao longo de
vários anos, onde a psicologia passou de disciplina aplicada para ganhar seu
campo próprio. Também, a partir dessa Lei, houve a criação do Conselho Federal
de Psicologia e de suas regionais, onde os cursos de formação de psicólogos
foram oficializados, tendo seu currículo mínimo exigido para o curso e os
conteúdos básicos a serem oferecidos na graduação.
Um fato que se destaca em relação aos testes psicológicos no
Brasil, é a publicação da resolução02/2003, que instituiu critérios mínimos de
qualidade para se considerar um teste psicológico apto para o uso profissional,
onde deve conter a fundamentação teórica do teste, evidências empíricas, a
validade e a precisão do teste, os sistemas de correção, interpretação dos resultados
e a compilação das informações em um livro chamado Manual Técnico, que compõe o
material do teste.
NOMES
IMPORTANTES NA CONSTRUÇÃO DOS INSTRUMENTOS PSICOLÓGICOS
Alfred Binet (1857-1911) foi o fundador do primeiro
laboratório de psicologia na França em 1889. Ficou conhecido internacionalmente
como o inventor do primeiro teste de inteligência (1905), a Escala Binet-Simon.
O teste, desenvolvido para a avaliação da inteligência de crianças, representou
uma mudança no paradigma da testagem psicológica. Divergindo dos testes
psicológicos de sua época, que mediam apenas as funções elementares
(psicofísicas), Binet desenvolveu um novo método para avaliar as capacidades
superiores (como a inteligência). Seus trabalhos obtiveram grande repercussão e
influenciaram várias gerações de psicólogos.
Com base em Pasquali (2001), a história dos testes
psicológicos, se destacam em sucessivas décadas, de tal maneira que é possível
associar muitos autores a alguns períodos bem específicos.
A Década de Galton: 1880.
Para Francis Galton (biólogo inglês) à avaliação das aptidões humanas se dava
por meio da medida sensorial, através da capacidade de discriminação do tato e
dos sons. Galton (apud ANASTASI, 1977) entendia que,
A única informação que nos atinge, vinda dos acontecimentos
externos, passa, aparentemente pelo caminho de nossos sentidos. Quanto maior o
discernimento que os sentidos tenham de diferentes, maior o campo em que podem
agir no nosso julgamento de inteligência (p.8).
A contribuição de Galton para psicometria ocorreu em três
áreas: Criação de testes antropométricos para medida de discriminação sensorial
(barras para medir a percepção de comprimento); Apito para percepção de altura
do tom; Criação de escalas de atitudes (escala de pontos, questionários e
associação livre2); Desenvolvimento e
simplificação de métodos estatísticos (método da análise quantitativa dos dados
coletados).
A Década de Cattell: 1890. Influenciado por Galton, James M.
Cattell (psicólogo americano) desenvolveu medidas das diferenças individuais, o
que resultou na criação da terminologia Mental Test (teste mental). Elaborou em
Leipzig sua tese sobre diferenças no Tempo de Reação. Este consiste em
registrar os minutos decorridos entre a apresentação de um estímulo ou ordem para
começar a tarefa, e a primeira resposta emitida pelo examinando. Cattell seguiu
as idéias de Galton, dando ênfase às medidas sensoriais, porque elas permitiam
uma maior precisão.
A Década de Binet:
1900. Seus interesses se voltavam para avaliação das aptidões mais nas áreas
acadêmica e da saúde. Alfred Binet e Henri fizeram uma série de crítica aos
testes até então utilizadas, afirmando que eram medidas exclusivamente
sensoriais que, embora permitisse maior precisão, não tinham relação importante
com as funções intelectuais. Seu conteúdo intelectual fazia somente referências
às habilidades muito específicas de memorizar, calcular, quando deveriam se
ater às funções mais amplas como memória, imaginação, compreensão, etc. Em
1905, Binet e Simon desenvolveram o primeiro teste com 30 itens (dispostos em
ordem crescente de dificuldade) com o objetivo de avaliar as mais variadas
funções como julgamento, compreensão e raciocínio, para detectar o nível de
inteligência ou retardo mental de adultos e crianças das escolas de Paris.
Estes testes de conteúdo cognitivo atendiam a funções mais amplas, e foram bem
aceitos, principalmente nos EUA, a partir da sua tradução por Terman (1916),
nascendo, assim, a era dos testes com base no Q.I. (idealizado por W. Stern).
Q.I. = 100 (IM/IC)3
O período de 1910-1930, é considerado a era dos testes de
inteligência sob as influências: Do segundo teste de Binet e Simon (1909); Do
artigo de Spearman sobre o fator G (1909); Da revisão do teste de Binet para os
EUA (Terman, 1916); e do impacto da
primeira guerra mundial com a necessidade de seleção rápida e eficiente, de
contingente para as forças armadas.
Na Bahia, em 1924, Isaias Alvez fez a adaptação da escala
Binet-Simon, considerada como um dos primeiros estudos de adaptação de
instrumentos psicométricos no Brasil (NORONHA & ALCHIERI, 2005).
A Década da Análise Fatorial: 1930. Por volta
de 1920, diminuiu o entusiasmo pelos testes de inteligência, sobretudo por se
demonstrar dependentes da cultura onde foram criados, o que contrariava a idéia
de fator geral universal de Spearman. Kelley quebrou a tradição de Spearman em
1928, e foi seguido, na Inglaterra, por Thomson (1939) e Burt (1941), e nos
EUA, por Thurstone. Este autor é relevante para época, em vista de que, além de
desenvolver a análise fatorial múltipla, atuou no desenvolvimento da escalagem
psicológica (Thurstone e Chave, 1929) fundando, em 1936, a Sociedade
Psicométrica Americana e a revista Psychometrika.
A Era da
Sistematização: 1940-1980. Esta época é marcada por duas tendências opostas: Os
trabalhos de síntese e os de crítica. Em 1954, Guilford reedita Psychometric
Methods e tenta sistematizar a teoria clássica, e Torgerson (1958) a teoria
sobre a medida escolar. Além disso, Cattell e Warburton (1967) procuraram
sintetizar os dados de medida em personalidade, e Guilford (1967) a teoria
sobre a inteligência. Entre os trabalhos da crítica, destaca-se Stevens (1946),
que levantou o problema das escalas de medidas.
Divulgou-se também a primeira crítica à teoria clássica dos testes na
obra de Lord e Novick (1968, Statistical Theory of Mental Tests Scores), que
iniciou o desenvolvimento de uma teoria alternativa, a do traço latente, que se
junta à teoria moderna de Psicometria, e a Teoria de Resposta ao Item - TRI.
Outra tendência crítica para superar as dificuldades da Psicometria clássica
foi iniciada pela Psicologia Cognitiva de Sternberg e Detterman (1979),
Sternberg e Weil (1980), com seu modelo, procedimentos e pesquisas sobre os
componentes cognitivos, na área da inteligência.
CRITÉRIOS DE CONSTRUÇÃO DE UM INSTRUMENTO PSICOLÓGICO
Teste psicológico é uma tarefa única ou um conjunto de
tarefas concebidas para fornecer informações sobre algum aspecto da capacidade,
do conhecimento, das habilidades ou da personalidade humana.
Os elaboradores de teste escolhem com muito cuidado os itens
que e integrarão os testes padronizados.
Há diretrizes
rigorosas para o desenvolvimento e criação de testes padronizados, os
elaboradores de testes escolhem com muito cuidado os itens de integrarão os
testes padronizados.
Seleção de itens de testes:
_ deve haver grande número de itens.
_ as tarefas devem solicitar o uso de habilidade que se
encontram na faixa so examinando médio.
_ os problemas apresentados devem ser razoavelmente
interessantes: caso contrário, pode faltar motivação aos examinandos para
trabalhar em sua solução
_ os itens do teste como um todo não devem favorecer ou
descriminar qualquer grupo para o qual o teste seja direcionado.
_ as perguntas devem ter uma ou mais respostas corretas para
que as notações numéricas sejam justas.
A avaliação
psicológica, conforme definido no documento Standards for educational and.
psychogical testing, é um exame compreensivo realizado com proposito de
responder questões especificas sobre o funcionamento psíquico de uma em um dado
momentos ou predizer seu funcionamento no futuro (PAP AERA E NCME, 1999). Ela
abrange um processo cujo propósito é a tomada de decisão em um contexto no
qual, é necessário, conhecer um ou mais aspectos do funcionamento psicológico
dos sujeitos. Para tal, são disponibilizadas técnicas dos mais diferentes
escopos e das mais diferentes epistemologias, abrangendo a forma de ouvir,
receber e manejar o cliente. Dentre estas técnicas, se destaca o uso de testes
psicológicos.
Os testes psicológicos de modo escrito, são definidos como
"um procedimento sistemático para a obtenção de amostra de comportamento
relevantes para o funcionamento cognitivo ou afetivo" (Urbina, 2007),
sendo ferramentas importantes para a prática cotidiana do psicológico em
contextos diversos, como a clínica, a orientação profissional e a seleção de
pessoal. De certo modo, pode-se dizer que o uso de testes é a instancia
definidora da própria profissão, na medida em que configura o único serviço
exclusivo do psicólogo. Não obstante, ainda é cada vez mais salutar conhecer e
debater os aspectos éticos e técnicos ligado a construção e utilizados destes
instrumentos. As propriedades dos testes são divididas em dois grandes
grupamentos, validade e precisão. A validade está relacionada à capacidade do
teste em medir aquilo que ele se preza a medir, e suas evidências são aferidas
a parti de um conjunto de análise que envolvem técnicas psicométricas e analise
de suas relações teóricas. O sistema de validade baseando em evidencia,
sucessor da tríade clássica (validade de critério, validade de conteúdo e
validade de construto), será apresentado e todos os seus conceitos debatidos e
as estatísticas relacionadas apresentadas. A precisão está ligada ao erro de
medida daquilo que é medido. Assim como na validade, os principais aspectos do
conceito de precisão serão trabalhados e, também, as estatísticas mais
utilizadas serão abordadas. As normas são relacionadas à interpretação dos
escores alcançados pelo teste e suas relações com a teoria.
DIFERENÇA
ENTRE TESTES PSICOMÉTRICO, SUBJETIVO E ESCALA.
O teste psicométrico é aquele
que avalia a personalidade de um indivíduo, assim como suas capacidades. No
campo da psicologia é importante determinar objetivamente e com precisão os
indivíduos que são estudados. Deve-se destacar que a psicologia é uma ciência
que exige instrumentos de medição rigorosos e confiáveis.
Como regra geral, estes testes
são utilizados durante o processo de seleção pessoal. Através dele é possível
conhecer o potencial de um candidato em relação a uma tarefa a ser executada.
Deve-se ressaltar que um empregador busca futuros trabalhadores com determinada
característica de personalidade.
O teste psicométrico é uma
ferramenta que ajuda os empregadores para saber mais sobre os candidatos a um
emprego.
Este tipo de
teste avalia a capacidade de um indivíduo para executar tarefas específicas.
Quem é avaliado deve responder
as perguntas com total sinceridade, já que o avaliador é um especialista e pode
detectar algumas contradições entre as respostas.
Para enfrentar este teste com
certa garantia é conveniente realizar previamente alguns testes práticos. Desta
forma, pode-se reduzir o nível de ansiedade para o teste final. Este teste é um
dos mais empregados na área dos exames psicométricos. Nele, certas capacidades
são medidas como a constância, a força de vontade e a capacidade de adaptarse a
diferentes ambientes. Ao mesmo tempo, o teste Cleaver permite oferecer uma
avaliação global sobre a personalidade de um candidato.
O teste consiste em uma série de
perguntas na qual o examinado deve dar uma resposta espontânea e honesta. Do
ponto de0 vista do empregador, com este teste é possível prever as reações de
um indivíduo no ambiente de trabalho. Os dados obtidos com este teste procuram
avaliar o comportamento do candidato em situações correntes, seu nível de
motivação e da capacidade de resposta em momentos de pressão.
O teste
Cleaver não fornece nenhuma informação sobre o QI (quociente intelectual) como
são utilizados em outros testes psicométricos (por exemplo, o teste de Terman).
Por outro lado, os aspectos emocionais dos candidatos nem sempre são detectados
pelo teste Cleaver.
TESTE SUBJETIVO E ESCALA
O método
clássico de construção de testes (contrariamente ao método funcional) tem como
objetivo de obter mensurações homogêneas e fidedignas em uma dimensão única.
Por isto define o universo unidimensional de seus itens, depois efetua uma
amostragem representativa dos mesmos, afinada para uma análise dos itens, para
chegar a uma escala cujo escore é a adição simples das respostas que
correspondem a um gabarito de correção. Este escore bruto é transposto depois à
uma norma e como por qualquer medida, a escala é em seguida avaliada do ponto
de vista da validade e da fidedignidade. O objetivo do método funcional é de
determinar de forma estável e fidedigna a estratégia de resposta de um sujeito
confrontado a um conjunto de estímulos multidimensionais. Por isto define o
universo multidimensional (espaço de medição) dos itens, para escolher em
seguida uma amostra representativa e determinar as características na base do
parecer de peritos e de análises de correlações. A estratégia de resposta do
indivíduo é um vetor cujos elementos são as correlações entre suas respostas e
as características ortogonalizadas dos itens. A partir desta estratégia, que
não é nada outro que um vetor de ponderação, é possível calcular (graças a uma
simples equação de regressão linear múltipla) as respostas estimadas (que
designamos com o termo de “predição”) que o sujeito teria dado se tivesse
utilizado uma estratégia imutável durante o tempo que respondeu ao teste.
Designamos com o termo de « atratividades » estas respostas preditas que
possuem a grande vantagem de ser bem mais precisas que as respostas reais.
Resumindo, o método funcional reconstrói as respostas do sujeito a partir de
ponderações que constituem de facto sua estratégia de resposta como definimos
acima. Graças a esta técnica original é possível calcular vários índices de
controle da aplicação da prova, entre outros, o mais interessante, é a
coerência que corresponde a uma correlação múltipla entre o conjunto das
características dos itens e a resposta do sujeito. Mais a coerência é elevada
mais é possível « modelizar » as respostas do sujeito o que significa que sua
maneira de avaliar os itens corresponde implicitamente ao mesmo modelo
psicométrico utilizado pelo construtor do teste.
EXEMPLO: Para entender melhor o ganho do ponto de vista da
utilização das informações que o método funcional oferece quando comparado com
o método clássico de construção de provas subjetivas, imaginamos um exemplo
muito simplificado: vamos construir da maneira mais clássica as seis escalas
que medem as dimensões de Holland a partir de verbos de atividade profissionais.
Imaginamos também que cada escala seja constituída de 3 itens.
R(ealista) é composta
de ; ajustar, cimentar, consertar ;
I(nvestigativa) : de
analisar, buscar, experimentar
A(rtistica) : de cantar, dançar, divertir
S(ocial) : de receber, ajudar, aconselhar
E(mpreendedora) : de comprar, empreender, decidir, e
C(onventionnel) : de contabilizar, datilografar, ligar.
Na perspectiva clássica a informação incluída
nessas 6 escalas pode ser resumida por uma matriz de 18 linhas (itens) e 6
colunas (escalas). O escore do sujeito é obtido multiplicando as colunas desta
matriz pelo vetor de resposta do sujeito. Aplicada aos mesmos 18 itens, o
método funcional exige primeiramente a descrição precisa de cada item a partir
de suas características (ortogonais) como aparecem na tabela abaixo. Tratase
também de uma matriz de 18 linhas (itens) e 6 colunas (características dos itens)
que permitirá calcular, em uma segunda fase, cada escala. É fácil perceber que
graças ao método funcional é possível utilizar de forma bem mais completas as
informações veiculadas pelos itens. Ao lugar de cada item pertencer à uma única
escala, cada item pode contribuir a todas as dimensões e participa assim de
forma bem mais pertinente ao cálculo das escalas. O método funcional é ao mesmo
tempo original e complexo pois utiliza conceitos estatísticos mais sofisticados
e refinados que a simples operação de soma aritmética o que constitui uma
aberração intelectual quando utilizada com escalas nominais ou ordinais como já
repetimos inúmeras vezes. Por outro lado, é possível obter informações bem mais
ricas sobre o sujeito, particularmente sobre sua maneira “concreta” de
responder, ou seja, em termos de atenção, concentração, motivação ou ao
contrário de indiferença e de vontade (ou não) de burlar o teste fornecendo
respostas exageradamente desejáveis, como por exemplo em situação de seleção.
Para terminar o método funcional permite calcular escores
absolutos, não padronizados, que autorizam uma análise praticamente clínica
intrapessoal como também escores padronizados como acontece em praticamente
todos os testes subjetivos. A comparação desses resultados absolutos e
relativos é uma fonte de reflexão inédita para o psicólogo que pode assim
afinar suas avaliações.
CONCLUSÃO
Ao pesquisarmos sobre a Avaliação Psicológica, observamos
que sua relação tem vínculo com o desenvolvimento cientifico da psicologia no
Brasil e que a mesma vê sendo abordada de uma maneira mais cientifica. Por
tanto podemos concluir que a avaliação psicológica é um processo gerador de
informações capaz de auxiliar os profissionais da psicologia na tomada de
decisão em diferentes contextos. Das ferramentas disponíveis ao processo de
avaliação, destacam-se os testes psicológicos. Os testes são qualificados em
função de suas propriedades psicométricas de validação e precisão. Os avanços
na área, especialmente no Brasil, são inegáveis,
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www.ajepsi.com.br
LINDA L. DAVIDOFF, introdução a psicologia, terceira edição, cap. 7.
Pag. 286.
OBSERVAÇÕES PARA MEUS SEGUIDORES
O artigo quando copiei e colei para o blogger desconfigurou todo, por isso está fora das normas da ABNT. Também coloquei destaque cor de rosa em alguns temas, para ficar mais explicadinho..
Foi o meu primeiro artigo, não ficou tão booooom. Mas o Prof gostou. :)
Beijos da Lu Sousa